Segundo presidente de órgão, redução de valores depende de integração metropolitana

A adoção de uma “tarifa zero” no transporte coletivo de Curitiba teria um custo de mais de R$ 1 bilhão ao ano em Curitiba, segundo dados apresentados pelo presidente da Urbs, Ogeny Maia Neto à comissão especial criada pela Câmara Municipal de Vereadores para discutir o sistema de ônibus da Capital na semana passada. Segundo ele, a redução do valor cobrado dos usuários é possível, mas depende de uma maior integração do transporte da região metropolitana.

“Todo mundo quer baixar a passagem, mas, para que isso possa acontecer, a gente precisa de organização e governança”, defendeu ele. Segundo Maia Neto, atualmente a tarifa técnica dos ônibus da cidade é de R$ 7,32. O sistema custa, em média, R$ 81 milhões por mês e, para manter uma tarifa social a R$ 6,00, a Prefeitura vai subsidiar, mensalmente, cerca de R$ 15 milhões. Ele reconhece que o atual contrato do serviço público e a “não organização do setor a nível nacional” são fatores que colaboram para o alto custo do serviço público, e explicou que há alternativas para barateá-lo.
A primeira forma é a implantação da governança metropolitana, para a organização de uma integração entre o sistema de transporte coletivo de Curitiba e das demais cidades que integram a região metropolitana (RMC), defende. Com ela, segundo cálculos do presidente da Urbs, seria possível reduzir em 20% o custo do transporte metropolitano. “Estamos trabalhando nisso junto com o governo do estado, temos conversas adiantadas. Certamente, a integração metropolitana vai reduzir, sobremaneira, a redução dos custos. Nós passaremos a dividir a responsabilidade de todo o sistema. Curitiba integra todas as cidades da RMC. Recebemos, aproximadamente, 3,5 milhões de pessoas dentro do nosso sistema, diariamente, e nós precisamos fazer o deslocamento delas. Precisamos dar conta disso”, disse Maia Neto.

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