Secretaria de Estado da Saúde também nomeou o diretor-geral corporativo da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba como interventor da unidade.

Durante audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (31), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou a interdição cautelar de parte do Hospital Metropolitano de Sarandi, no norte do Paraná.

Na audiência, a chefe da 15ª Regional de Saúde de Maringá, Elisabete Kobayashi, afirmou que os atendimentos na unidade estão suspensos devido ao risco de infecção hospitalar.

A chefe da regional confirmou ainda que o prédio do ambulatório continuará em operação, pois funciona de forma separada das demais instalações do hospital.

Porém, o órgão vai verificar se as consultas especializadas continuarão sendo realizadas no local.

A decisão pela interdição cautelar se deu após a Vigilância Sanitária identificar um grande risco de infecção hospitalar, afirmou Kobayashi.

Intervenção
Ainda durante a audiência, Kobayashi confirmou a nomeação do diretor-geral corporativo da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, Rogério Kuntz, como interventor da unidade.

A Sesa informou que a escolha foi baseada em uma série de fatores, sobretudo pela vasta experiência e a “já demonstrada capacidade técnica do gestor”.

Em nota, o interventor afirmou que “por ora, o foco das atividades da intervenção é o diagnóstico completo sobre a situação atual do hospital”.

No documento, Kuntz afirma que serão priorizadas ações para a regularização salarial dos colaboradores, médicos e também a elaboração de um plano de reabertura dos serviços suspensos ao longo do tempo da unidade hospitalar.

Na segunda-feira (28), a juíza Ketbi Astir José, da Vara de Fazenda Pública de Sarandi, determinou a intervenção no Hospital Metropolitano após indícios de má gestão de verba pública.

O pedido foi feito pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) em uma ação civil pública.

Na decisão, a juíza determinou que o novo interventor apresente à Justiça uma proposta de administração do hospital em até 30 dias.

Na decisão liminar (provisória), a Justiça decidiu ainda que todos os atuais administradores e gestores do hospital devem se manter afastados e não tomem decisões relacionadas à administração da instituição.

Caso a medida seja descumprida, eles podem receber uma multa diária individual de R$ 50 mil reais, podendo chegar a R$ 1 milhão.

Contingência
Em setembro deste ano, a 15ª Regional de Saúde de Maringá e a Sesa iniciaram um plano de contingência para que pacientes mais graves fossem levados para outros hospitais da região.

Neste mês, foi identificado que pacientes internados para atendimento clínico também estavam em risco devido à falta de materiais hospitalares. A diretora da Regional de Saúde confirmou ainda que existia um grande risco de infecção hospitalar, por isso o órgão determinou o início das transferências dos pacientes.

Em nota, a Sesa confirmou que, até a manhã desta quinta-feira, 42 pacientes já haviam sido transferidos para hospitais da região.

Por G1

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