Trump aumenta tarifas sobre produtos chineses de 34% para 104%

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (08) um novo aumento nas tarifas sobre produtos importados da China. A decisão foi comunicada pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, e passa a valer a partir da meia-noite de quarta-feira (09).

Horas antes, o governo chinês já havia reagido, afirmando que “lutará até o fim” e que “não aceitará a chantagem dos EUA”.

Entenda a origem do conflito

O aumento das tarifas foi uma resposta ao fato de a China manter suas taxas retaliatórias de 34% sobre produtos americanos. Mesmo com o discurso duro, Pequim disse que prefere resolver as disputas por meio do diálogo e pediu o cancelamento de todas as tarifas.

Bolsas da Ásia sofrem forte queda

Os mercados asiáticos registraram perdas expressivas após o anúncio:

  • Nikkei 225 (Japão): -6,5%

  • Shanghai Composite (China): -6,4%

  • Kospi (Coreia do Sul): -5,2%

  • Taiex (Taiwan): -9,7%

  • STI (Singapura): -7,5%

  • ASX 200 (Austrália): -3,8%

  • Nifty 50 (Índia): -4,0%

  • Sensex (Índia): -3,7%

A Bolsa de Hong Kong teve sua pior queda em quase 30 anos, com recuo de 13,22%.

Commodities também em baixa

O preço do petróleo caiu cerca de 10% na última semana e teve nova queda de 4% nesta segunda-feira. O cobre também sofreu queda de 6% no início do pregão.

A causa principal é o temor de que a guerra comercial afete o crescimento da economia global, reduzindo a demanda por matérias-primas.

Trump reage com declarações polêmicas

Em sua rede social, Truth Social, Donald Trump pediu que os americanos não fossem “fracos” ou “estúpidos”, e criou o termo “PANICANOS” para criticar membros do seu próprio partido que questionam suas políticas.

Ele afirmou que “a grandeza será o resultado” se as pessoas se mantiverem firmes.

Aliados dos EUA também enfrentam prejuízos

Países como Japão, Coreia do Sul e Austrália também foram afetados. As montadoras Toyota, Honda e Nissan viram suas ações despencarem após a tarifa de 25% aplicada sobre carros importados pelos EUA.

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, tenta negociar uma isenção, mas não obteve sucesso até agora.

Impactos econômicos ainda são incertos

Segundo a editora de economia da BBC, Dharshini David, os mercados estão sendo movidos mais pelo medo do que por dados concretos. Alguns economistas já estimam 50% de chance de recessão nos Estados Unidos.

Erik Hirsch, executivo da empresa de investimentos Hamilton Lane, afirmou que o governo americano está tentando resolver todos os problemas comerciais de uma vez, o que acaba desestabilizando os mercados.

Continue acompanhando nosso site para mais informações sobre os desdobramentos dessa disputa econômica e seus impactos no mundo.

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